“A cidade que você vê”: lançamento de documentário produzido no Cead emociona plateia em Bicas

A emoção tomou conta da plateia que prestigiou a estreia do primeiro documentário da campanha “A cidade que você vê”, ocorrida na noite dessa quinta-feira, 7, no polo de apoio presencial de Bicas, um dos 32 ligados à UFJF. Elaborado pela equipe de Produção de Materiais Didáticos do Cead, o audiovisual tem duração de 10 minutos e, segundo o diretor Rodrigo Lobão, conta com roteiro que faz referência à obra “Cidade Invisíveis”, de Ítalo Calvino, sendo dividido em três linhas narrativas que se entrelaçam: a primeira fala da Água Santa, fonte famosa por curas milagrosas; a segunda revela a origem da cidade e sua ligação com a rede ferroviária; a outra conta a história de um estudante do curso de Computação. Ingredientes que ressaltam aspectos regionais que passam despercebidos no cotidiano dos cidadãos e não deixaram o público desgrudar os olhos da tela durante a exibição. Visivelmente emocionada, a secretária de Educação de Bicas, Jane Durão (na foto abaixo, à direita) classificou a iniciativa como “muito gratificante”. “É uma experiência super válida e que deve ser repetida em todas as outras cidades-polo. Estão todos de parabéns. Agora, que divulgem também para nós os trabalhos feitos em outras cidades, assim como vão levar Bicas a outros municípios”, expôs, enaltecendo a equipe responsável pela produção e não escondendo a satisfação por levar com ela uma cópia do documentário, o que ocorreu também com todos os presentes. Leia também: Documentário traz imagens raras da UFJF e de seu primeiro reitor “A cidade que você vê”: integração por meio de fotografias Matriz de Santo Antônio de Ipanema é registro da “A cidade que você vê” A coordenadora do polo de Bicas, Fernanda Nunes (na foto abaixo, à esquerda), estava aflita antes da exibição, mesmo já tendo assistido ao trabalho. Levou os pais e o marido para conferir o documentário. Depois da exibição, o sorriso tomou conta do seu rosto. “Esse é um projeto maravilhoso. Tenho certeza que todos ficaram encantados. Embora seja a segunda vez que assisto ao documentário, ainda estou emocionada. É um vídeo que renova a nossa visão sobre a educação e sobre a necessidade de sempre trabalhar em parceria. Foi tudo de bom”, comentou Fernanda. Reencontro com os moradores A noite foi marcante também para integrantes da equipe do setor de Produção de Materiais Didáticos do Cead. A produtora do vídeo, Mayra Sá, esteve envolvida no projeto desde o seu início. Primeiro, fez minuciosa pesquisa para descobrir peculiaridades sobre a cidade, como a história da Água Santa. Depois, entrou em contato com os moradores para os depoimentos que seriam usados no audiovisual. O primeiro encontro com os moradores de Bicas ocorreu durante a gravação. O reencontro foi nessa quinta-feira. “Também é gratificante para nós, que trabalhamos no documentário, voltar para exibir o trabalho e ver que alguns personagens estavam presentes, como o Tales, a Rosália e a Fernanda. Foi muito bom chegar até eles e perguntar o que acharam e todos responderem que o vídeo retratou muito bem a cidade, que gostaram do enfoque que nós demos. Ver a satisfação deles de fazer parte do trabalho é uma gratificação muito grande para quem idealizou e colocou o projeto em prática”, afirma Mayra. O estudante Tales Bolotari, morador da zona rural de Bicas, levou os pais e o irmão para verem o documentário. Afinal, ele foi um dos personagens centrais da produção. Acostumado com a lida no campo e aluno assíduo de curso de Computação na modalidade a distância, estava feliz por fazer parte do vídeo. “Ficou completamente diferente do que eu imaginava. Muito bom. Trouxe uma visão diferente da nossa cidade que a gente nem sempre consegue visualizar no dia-a-dia”, disse, confirmando que vai reunir os amigos na sua casa para mostrar o documentário: “Temos que reproduzir o trabalho para mais pessoas ficarem sabendo do trabalho do Cead e conhecer a nossa cidade.” Diretora de Patrimônio de Bicas, a historiadora Rosália Mayrink, responsável pelo Instituto Histórico Maria Veiga e os seus dois museus - da História da Cidade e do Ferroviário –, acredita que o vídeo poderá desempenhar outro papel importante em um futuro próximo. “Achei o documentário muito interessante. É uma oportunidade para divulgar a cidade. Como historiadora, busco resgatar sempre a história da cidade e o vídeo foi uma oportunidade de resgate e divulgação. Além disso, quando as escolas forem visitar os museus, posso exibir o vídeo para os estudantes”, revela Rosália. Após o sucesso com o audiovisual sobre Bicas, Juiz de Fora será a próxima cidade retratada pela campanha “A cidade que você vê”. Trabalharam no documentário sobre Bicas: Rodrigo Lobão (Direção e Edição), Mayra Sá (Produção e Entrevistas), Raphaela Benetello (Edição) e Liliane da Rocha (Finalização). Thiago Stephan e Daniele Xavier FONTE: CEAD - UFJF